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Vítima das chuvas em SP, menina de 8 anos morreu um dia antes do aniversário: 'Era minha filha', diz padrasto

Maria Clara Benicio morreu soterrada em casa junto com os avós e a mãe

Vítima das chuvas em SP, menina de 8 anos morreu um dia antes do aniversário: 'Era minha filha', diz padrasto
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A festa de aniversário de Maria Clara Benicio já estava organizada. A menina, lembrada carinhosamente pelos familiares como uma criança doce e amorosa, faria nove anos nesta segunda, um dia depois de ser vítima do maior temporal já registrado no país. Ela morreu soterrada em casa, na Vila do Sahy, junto com os avós e a mãe, Bruna Benicio, de 29 anos.

— Minha enteada era minha filha. A criança mais doce que já conheci na minha vida. Sempre foi muito amorosa e apegada — diz o cantor Brunno Costta, padastro de Maria Clara e marido de Bruna. Os dois estavam juntos há cerca de quatro anos e, apesar de não serem casados formalmente, se consideravam marido e mulher, afirma o músico. — É uma dor que não tem explicação. As duas eram minha vida — lamenta.

O cantor conta que a última publicação de Bruna nas redes sociais, às 22h15min, dizia para confiar no Senhor, que "dará razões para seguir em frente e não desistir".

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— Parecia uma despedida —afirma o rapaz.

O casal estava em locais diferentes quando o temporal começou. Em Boraceia, onde o músico ficou, a tempestade não deixou o mesmo rastro de destruição. Por isso, assim que a chuva deu trégua, ele decidiu ir dormir.

— Eu acordei com a tragédia. Não fazia ideia do estrago. Soube da notícia da morte delas por mensagens no WhatsApp.

Brunno afirma que a esposa estava na casa dos pais no momento do acidente. A residência ficava em um local de risco e foi completamente engolida no deslizamento de terra.

—Foi muito rápido, ela não não teve nem chances de pedir socorro — afirma.

O cantor já morou lá com os sogros e diz que uma das brigas do casal era justamente porque ele não gostava do lugar, que ficava em uma encosta e tinha árvores de tamanho "descomunal". No dia da tragédia, porém, Bruna quis dormir nos pais "de qualquer jeito". Dizia que era mais próximo do trabalho — ela era recepcionista em um hospital de Boiçucanga.

—A Bruna era muito apegada à mãe, toda a vida foi. Uma pessoa muito família, como eu nunca vi igual. Entre eles, não restou sofrimento. Isso é o que acaba me confortando e amenizando um pouco a dor.

 

Falta de informações

 

Dos momentos seguintes à tragédia até o velório, Brunno conta que sofreu com a falta de informações sobre a família. Na terça-feira, ele pediu carona a pescadores e a bombeiros para chegar ao velório da esposa, enteada e sogros, que afirma ter durado apenas três horas. Foi na coragem, contando com a sorte de conseguir se despedir a tempo. "Não sabia nem o que iria encontrar lá", diz ele.

Hoje, três dias depois da tragédia, o cantor relata que a ficha ainda não caiu. Mas agora pede a Deus força para seguir em frente e criar sozinho os dois filhos, Kauan Barbosa, de 4 anos, e Enzo Cazé, de 9. Eram enteados de Bruna, mas elas tratava eles como filhos.

— Agora fica a saudade. Espero que Deus nos dê força para seguir em frente e que as autoridades usem esse momento para ajudar a população. Porque até agora não sabemos como será o dia de amanhã.

Fonte/Créditos: Globo.com

Créditos (Imagem de capa): Globo.com

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