As polícias civil e militar de São Paulo estão investigando de onde partiu o tiro que matou um torcedor depois da final da Copa do Brasil, no domingo (27).
O corpo de Rafael Garcia, de 32 anos, foi enterrado na tarde desta terça-feira (26) em Itapevi, na Grande São Paulo. Família e amigos tomados por um sentimento de tristeza e dúvida sobre as circunstâncias da morte.
Segundo a declaração de óbito assinada por um médico do IML, Rafael foi vítima de disparo de arma de fogo.
“No atestado de óbito está que meu filho foi assassinado. Mas por quê? Meu filho só queria se divertir”, lamenta Vilma Custódio dos Santos, mãe de Rafael.
A mãe lembra que o filho era deficiente auditivo.
“Se chamasse ele, ele não ia ouvir”, conta.
Rafael Garcia morreu depois do jogo entre São Paulo e Flamengo pela final da Copa do Brasil, no Estádio do Morumbi. Ele foi ferido em uma rua do lado de fora, perto do local onde houve um confronto entre torcedores do São Paulo e a Polícia Militar. O rapaz estava sangrando na cabeça, chegou a ser socorrido, mas não resistiu.
A vítima gravou a confusão com o celular. Em nota, a PM disse que torcedores do São Paulo derrubaram um tapume de contenção e jogaram objetos nos policiais, que reagiram. A Secretaria diz que a polícia não usou munição letal para dispensar o tumulto e que, depois, os PMs encontraram um homem caído. Segundo os amigos, era Rafael.
Imagens feitas em outra rua perto do estádio mostram policiais batendo com cassetetes em torcedores e atirando com balas de borracha. A perícia encontrou três artefatos nas redondezas do Morumbi.
O Departamento de Homicídios investiga o caso e ainda espera o laudo do IML para determinar o que de fato feriu Rafael.
“Procurar mais imagens, né? Para saber. E aí, quem faz esse arremesso ou esse disparo, com algum equipamento diferenciado? Para onde foi, né? Quem é? Quem foi?”, afirma a diretora do DHPP, Ivalda Aleixo.
Fonte/Créditos: Globo
Créditos (Imagem de capa): Globo
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