Abel Ferreira aprovou a atitude de Richard Ríos ao pedir desculpas para a torcida do Palmeiras após a vitória por 1 a 0 contra o Cerro Porteño, do Paraguai, no Allianz Parque. O volante foi o autor do gol e na comemoração pediu silêncio à torcida. Ele declarou que tomou a atitude de cabeça quente.
– O Ríos, quem sou eu para dizer algo a ele. Há uma coisa que digo que o futebol não é igreja. O espetáculo é emoção e os jogadores e treinadores às vezes têm reações que não pensam. O Ríos tem um coração top, um menino que trabalha muito. Ele já pediu desculpas logo. Ninguém é perfeito.
– Quando erramos, não há gesto mais nobre que pedir desculpas para da próxima vez vir mais forte. Eu não tinha visto o lance e não entendi porque estavam vaiando nossos jogadores. Me falaram o que foi e foi bom ele pedir desculpas. Nós precisamos muito dos nosso torcedores, que eles vibrem. Foi no campo que ele errou, no campo ele pediu perdão. Nosso torcedor grande como é soube aceitar as desculpas – prosseguiu.
O técnico ainda cornetou a decisão da arbitragem de anular o gol de Vitor Roque, no início do segundo tempo. Em lance ajustado, a equipe do VAR confirmou o impedimento do camisa 9 no lance, mas Abel disse que as imagens do clube indicavam outra decisão.
– Não podemos mentir que o centroavante vive de gols, mas por trás há muito mais do que gol. No meu VAR era gol, nós filmamos tudo e no meu VAR foi gol. No frame e tudo foi gol, no meu VAR – declarou.
Com a vitória magra, o Palmeiras segue com 100% de aproveitamento na Libertadores após duas rodadas. É o terceiro triunfo consecutivo do time, somando a competição continental e o Brasileiro. Para Abel Ferreira, o Verdão está no caminho certo.
– Para ser sincero, não vejo nenhuma equipe no Brasil com essa fluidez toda. Já falamos 500 vezes e falo mais uma, entendo o que fala e precisamos de dinâmica, fluidez, criatividade e isso vem de frescura e recuperação, que não temos.
– Há muito para a equipe evoluir, melhorar. Espero que ninguém mais se machuque, porque com esse ritmo vai ser difícil ter jogadores para jogar 18 jogadores em 2 meses. Em Recife perdemos Lucas (Evangelista), hoje o Veiga... Isso me preocupa muito. Eu gosto de um futebol dinâmico, mas precisamos mudar a equipe – analisou.
– Os jogos são difíceis, cada palmo de campo é muito disputado, como foi hoje. O início de jogo foi complicado, porque o combustível está cheio, um combate. Quando começamos a abrir o jogo e fazer o gol ficou mais fácil. Devíamos e temos que matar o jogo, assim como foi no Paulistão, quando não marcamos e levamos. Estamos no caminho certo, mas com muito trabalho a fazer – completou.
Fonte/Créditos: Globo Esporte
Créditos (Imagem de capa): Google
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