António Oliveira balança no cargo de técnico do Corinthians às vésperas do clássico contra o Palmeiras, na segunda-feira, no Allianz Parque, pela 13º rodada do Brasileirão. A chance de uma demissão até o jogo, no entanto, é considerada improvável pela direção alvinegra.
Apesar da manutenção no cargo, o treinador português sofre cada vez mais pressão pela falta de resultados e por não estar conseguindo mostrar evolução técnica nos últimos jogos. São oito partidas seguidas sem vitória no Brasileirão, a última delas o empate em casa com o Cuiabá.
Ponderações sobre o trabalho devem ser expostas ao técnico em reunião nesta quinta-feira, no CT Joaquim Grava. Os encontros para debate pós-jogos são praxe no clube desde a chegada de Fabinho Soldado, executivo que comanda o futebol no Corinthians.
O clássico contra o Palmeiras será o quinto de sete jogos considerados cruciais pela direção e pela comissão técnica alvinegra antes da abertura da janela de transferências. O plano é encerrar essa sequência de partidas fora da zona de rebaixamento e em um cenário de recuperação.
Os sete jogos tidos como determinantes não somente para a manutenção de António, mas também para recuperar a confiança do elenco, começaram contra o São Paulo, passando por Internacional, Athletico-PR e Cuiabá. Fecham a lista os compromissos diante de Palmeiras, Vitória e Cruzeiro.
Dos 12 pontos disputados, o Corinthians conseguiu somar apenas três. O Timão empatou com São Paulo (em casa), Athletico-PR (fora) e Cuiabá (casa), além de ter sido derrotado pelo Internacional como visitante. Agora, visita Palmeiras, recebe o Vitória e joga fora de casa contra o Cruzeiro.
A intenção da diretoria é permitir que António trabalhe com os reforços prometidos. Augusto Melo garantiu que quatro jogadores serão contratados e chegarão para serem titulares. O clube trabalha com a possibilidade de pelo menos seis contratações.
As cobranças públicas de António e os protestos dos torcedores poupando elenco e o trabalho da comissão técnica fortaleceram o entendimento no clube de que uma mudança de comando neste momento não será bem recebida, principalmente pelos jogadores. Tudo isso pode mudar, no entanto, de acordo com a maneira como o time se apresentar contra o Palmeiras.
Sou um profissional, um funcionário do clube, portanto, estou aqui porque aceitei estar aqui, ninguém me obrigou a estar aqui. Nessa perspectiva, essas situações não são da minha responsabilidade, acho que as pessoas de direito devem te servir esses comentários e se posicionar.
– Prometo desempenhar a minha função, ser treinador de futebol, ser treinador do Corinthians, ser treinador deste grupo de trabalho que me tem dado um orgulho enorme, independentemente da quantidade de jogadores que durante cinco meses já treinei aqui – disse António, sobre como lida com os problemas extracampo no clube.
Apesar de o Corinthians não sinalizar a mudança de treinador neste momento, existe uma apreensão sobre como António tem lidado com os inúmeros problemas dentro e fora de campo, além da falta de peças para trabalhar, e o quanto isso pode impactar até em uma decisão pessoal de deixar o clube. Neste momento, porém, a chance de isso acontecer é remota.
Desde que chegou ao Corinthians, António Oliveira comandou a equipe em 28 jogos, sendo 13 vitórias, nove empates e seis derrotas. O aproveitamento é de 57%.
Fonte/Créditos: Globo Esporte
Créditos (Imagem de capa): Globo Esporte
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