O Santos iniciou o segundo turno da Série B com um número forte a seu favor: são dez jogos de invencibilidade, após a vitória por 3 a 0 sobre o Paysandu, no último sábado, em Belém do Pará. O Peixe chegou a flertar com a crise no primeiro turno, mas recuperou-se e lidera com folga.
A recuperação do Alvinegro Praiano na Série B passa por uma série de fatores, alguns mais preponderantes, outros menos. Seja como for, atualmente, a equipe ostenta 37 pontos, frutos de dez vitórias e cinco empates, com 33 gols marcados e apenas 14 sofridos.
Abaixo, o ge destrincha cinco pontos chave para o sucesso do Peixe:
Fator Guilherme
É impossível dissociar os bons resultados do Alvinegro do futebol apresentado por seu camisa 11. A partida contra o Paysandu, com dois gols e uma assistência, coroou o que já vinha sendo a tônica da temporada: o atacante é o principal jogador do Peixe e sua ausência pesa negativamente.
Atualmente, Guilherme disputa a artilharia da Série B, com sete gols, apenas um a menos do que Anselmo Ramon, do CRB, atual líder do quesito, mas nem sempre foi assim: o atacante santista passou alguns jogos fora por lesão.
Na pior sequência do Santos do ano, com quatro derrotas consecutivas, ele esteve fora em três jogos e voltou no último, contra o Operário, tendo entrado ao decorrer do jogo. Sem ele, o Santos sofreu.
Fator casa
Outro ponto importante na caminhada santista tem sido a Vila Belmiro. Na oitava rodada, o Peixe jogou como mandante no estádio do Café, em Londrina, no Paraná, no que foi uma espécie de marco ruim do ano. Foi a última derrota como mandante na Série B.
Dali em diante, foram quatro vitórias e um empate jogando em casa, com direito a goleada por 4 a 0 sobre o Coritiba. O estádio também passou a receber lotação total, depois de cumprida a punição imposta pelo STJD por eventos ocorridos no ano passado, e tem impulsionado o Peixe.
Fator logística
Jogar em casa é mais do que a certeza de um desempenho mais animador do Santos e a presença de bom público, é também o local preferido do grupo de atletas. Desde o começo do ano, quando o Peixe chegou a fazer jogos como mandante em São Paulo, o elenco sempre deixou clara a preferência por atuar na Baixada Santista, muito em função da logística.
Logística que esteve em pauta quando o grupo precisou passar dias fora de casa e emendou uma sequência de jogos longe da Vila, justamente nas quatro derrotas consecutivas, contra Operário-PR, Novorizontino, Botafogo-SP (mandante, mas no Paraná) e América-MG.
Esse período crítico gerou mudanças internas e até mesmo o reconhecimento do presidente Marcelo Teixeira sobre o equívoco em mandar a partida contra o time de Ribeirão Preto para o Paraná. De lá para cá, tem sido melhor estudada a logística para a partida.
Os trechos de Série B costumam ser longos, como as viagens já feitas para Belém do Pará, Fortaleza e Manaus, todas com voos de mais de três horas, além do deslocamento obrigatório de Santos para a capital paulista, São Paulo, para o embarque.
Fator Carille
Fábio Carille esteve no centro do ano santista desde janeiro, quando houve um imbróglio para tirá-lo do futebol japonês e trazê-lo novamente ao Brasil. Depois, o ótimo vice-campeonato paulista sob o comando do treinador gerou expectativas altas para a Série B que de cara não foram cumpridas.
O treinador desperta sentimentos diversos nos torcedores santistas, muito em função de um futebol por vezes burocrático apresentado por sua equipe, mas fato é que seu time tem sofrido poucos gols e sua permanência após ser cobiçado pelo rival Corinthians foi vista como positiva.
Fonte/Créditos: Globo Esporte
Créditos (Imagem de capa): Globo Esporte
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