O Santos alcançou, na vitória sobre o Ituano, a marca de 50 jogos no ano. Com somente duas competições para disputar em toda a temporada, o Peixe teve desempenho positivo até agora, com destaque para o número de vitórias e uma defesa sólida. Além disso, apesar de não ter um goleador, o ataque também conseguiu números expressivos em comparação aos últimos anos.
A equipe santista conseguiu 28 vitórias, 10 empates e 12 derrotas em 50 jogos, com um aproveitamento de 62,6%. É o melhor desempenho do clube nas últimas cinco temporadas.
A última vez que o Peixe conquistou mais vitórias foi. Nos anos seguintes, porém, a quantidade diminuiu.
Em 2019, quando a equipe foi comandada por Jorge Sampaoli, o Peixe conseguiu 35 vitórias em 64 partidas, mas o aproveitamento do argentino foi menor que o atual, com 61,9% dos pontos disputados.
Nesta temporada, um ponto de destaque do time comandado por Carille é o sistema defensivo . O time foi vazado 42 vezes, com média inferior a um gol sofrido por jogo. O Santos tem uma das melhores defesas da Série B, com 28 gols sofridos, ficando atrás apenas de Mirassol e Operário-PR.
Ao longo do ano, a defesa santista passou quase metade dos jogos sem sofrer gols (23 vezes).
Com menor destaque, o ataque também tem números positivos. Foram 73 gols marcados até agora, o que dá ao time uma média quase de 1,5 gol por jogo. O desempenho atual é superior ao de 2023, com menos partidas disputadas, e está a um gol de igualar o número de 2021, quando o Peixe fez 70 jogos. Em 2022 foram 77 gols marcados.
Para Carille, parte da eficiência santista no ano temporada tem relação com a montagem do elenco.
– Não acho que a gente vai formar um time onde as coisas vão acontecer no primeiro ano. O Guardiola fala que para técnico pra entender o grupo e vice versa precisa de um ano. E olha os jogadores com que ele trabalha, de Copa do Mundo. É muito positivo, muito legal, tem um desenho. Jogadores que se comprometeram a vir para o Santos nesse momento difícil, um ano difícil. O ponto positivo é a formação desse grupo. Os caras profissionais, que questionam, que falam, que querem e quem assumem responsabilidade quando tem que assumir.
Já o ponto negativo, na visão do treinador, está em aprender a lidar com uma disputa de Série B pela primeira vez na carreira. De acordo com Carille, o principal desafio esteve em manter os jogadores motivados durante toda a competição.
– Foi um aprendizado para mim, também, ser técnico numa Série B. Os jogadores acostumados com coisas grandes, talvez, não consegui motivar como tinha que ser. Por isso, muitas vezes eles assumiram a responsabilidade porque foi passado tudo que tinha fazer e, muitas vezes, não foi feito. Jogadores experientes ali que não tinham que comprar essa briga por mim. Essa é a verdade. Estou no futebol há 31 anos e eu sei. Mas acho que foi um aprendizado no sentido de motivar mais esses atletas para alguns jogos.
Muito perto de confirmar o acesso e favorito ao título da Série B, Carille deverá se tornar o primeiro técnico a completar uma temporada inteira pelo Santos desde Jorge Sampoli, em 2019.
Em 2020, o português Jesualdo Ferreira comandou o time em 15 jogos antes de ser substituído por Cuca (46 partidas). Já em 2021, o argentino Ariel Holan ficou 13 jogos até pedir demissão. Diniz assumiu e ficou por 27 partidas até deixar o Peixe para a chegada do próprio Carille, que dirigiu a equipe em mais 20 jogos.
O próprio Carille iniciou 2022, mas caiu ainda no Campeonato Paulista. Depois ainda passaram o argentino Fabián Bustos e Lisca, antes do clube encerrar a temporada sob o comando do interino Orlando Ribeiro.
No ano passado, Odair Hellmann dirigiu o Santos por 35 partidas até ser demitido. Paulo Turra assumiu o comando, mas por apenas sete jogos. Depois, Diego Aguirre trabalhou em apenas cinco partidas. O clube encerrou o ano novamente com um interino, Marcelo Fernandes, à frente da equipe.
Fonte/Créditos: Globo Esporte
Créditos (Imagem de capa): Globo Esporte
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