Se tivesse apresentado o nível de atuação que teve contra o Atlético-MG nas outras 19 rodadas do Campeonato Brasileiro, o Corinthians não estaria em situação tão crítica como a atual.
Apesar da derrota por 2 a 1, neste domingo, a primeira sob o comando de Ramón Díaz, o Corinthians não jogou mal. Embora com menos posse de bola do que o Galo, finalizou mais (11 a 10), conseguiu neutralizar pontos fortes do adversário e pagou caro por erros individuais que geraram dois pênaltis ao adversário.
Após quatro partidas sob o comando de Ramón, é possível apontar sinais de evolução do Corinthians e também pontos em que ainda é preciso melhorar.
Com Alex Santana e/ou Ryan no meio de campo, o time ganha em combatividade e intensidade. André Ramalho também ofereceu mais segurança à defesa, embora o zagueiro tenha vacilado na jogada do segundo gol atleticano. Os maiores culpados na jogada, porém, foram outros. Félix Torres saiu na frente na corrida, mas chegou depois e permitiu o cruzamento para Hulk, que foi mal marcado por Fagner.
Mais uma vez a equipe se defendeu com uma primeira linha de cinco jogadores, embora dessa vez com apenas dois zagueiros. Raniele entrou no lugar de Cacá, suspenso, e embora fizesse algumas perseguições individuais a meias e atacantes do Atlético-MG, ficou ao lado de Félix e André Ramalho na maior parte do tempo.
A estratégia funcionou bem no primeiro tempo até Rodrigo Garro colocar a mão na bola em cobrança de falta e ceder pênalti.
Vacilos já tinham custado gols sofridos diante de Vitória, Criciúma, Grêmio... o time tem se defendido melhor, mas foi vazado cinco vezes em quatro jogos com Ramón. É urgente diminuir essa média.
Já ofensivamente, a estratégia foi um jogo mais vertical e rápido, explorando os contra-ataques. O time ainda é muito dependente da criatividade de Rodrigo Garro, mas tem se mostrado mais produtivo do que em outros tempos.
Vacilos já tinham custado gols sofridos diante de Vitória, Criciúma, Grêmio... o time tem se defendido melhor, mas foi vazado cinco vezes em quatro jogos com Ramón. É urgente diminuir essa média.
Já ofensivamente, a estratégia foi um jogo mais vertical e rápido, explorando os contra-ataques. O time ainda é muito dependente da criatividade de Rodrigo Garro, mas tem se mostrado mais produtivo do que em outros tempos.
Aqui entra outro ponto que necessita de rápida correção: o melhor aproveitamento das chances criadas.
Diante do Atlético-MG, Ryan, Wesley e Yuri Alberto desperdiçaram oportunidades claras de gol. Com um pouco mais de frieza e precisão, a história poderia ter sido bem diferente.
- Posse de bola: 61% x 39%
- Finalizações: 10 x 11
- Finalizações no alvo: 4 x 7
- Passes completos: 504 x 207
- Passes incompletos: 63 x 77
- Faltas cometidas: 17 x 16
- Desarmes: 16 x 16
- Dribles: 9 x 1
Os números mostram que o Corinthians faz sua pior campanha na história dos pontos corridos, e a equipe pode voltar à zona de rebaixamento se Grêmio, Cuiabá e Fluminense vencerem seus jogos atrasados.
O calvário alvinegro não deve acabar tão cedo, mas as últimas partidas dão motivos para acreditar em um futuro melhor. Apesar de ter um elenco desequilibrado e ser prejudicado pela desorganização administrativa vivida em 2024, o Timão se apresenta mais equilibrado e competitivo com Ramón Díaz.
O cenário ainda é preocupante, mas já foi pior.
Fonte/Créditos: Globo Esporte
Créditos (Imagem de capa): Globo Esporte
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