André Ramalho foi apresentado nesta quinta-feira, no CT Joaquim Grava, como jogador do Corinthians. O zagueiro de 32 anos assinou contrato até o fim de 2026 e está liberado para fazer a sua estreia pelo clube.
André defendeu Red Bull Salzburg, USK Anif e Liefering, da Áustria, Bayer Leverkusen e Mainz 05, da Alemanha, e PSV, da Holanda, onde disputou 46 partidas, sendo 40 como titular, fez três gols e deu uma assistência, sagrando-se campeão holandês.
O zagueiro usará a camisa 5 do Corinthians e disse que precisará de tempo para a adaptação ao "nível técnico alto" do futebol brasileiro. André revelou os motivos que fizeram ele aceitar a proposta para jogar no clube mesmo com outras propostas para permanecer na Europa.
– Vejo o futebol brasileiro com um nível técnico alto, tem muitos jogadores de qualidade aqui, a gente vê como os times vêm se reforçando no Campeonato Brasileiro. Vou ter que me adaptar, saber como é a intensidade, quão alto é o nível. Vou ver no que tenho que evoluir, sempre há alguma coisa, até faz parte do meu estilo. Procuro de tempo em tempo me observar, ver em que posso evoluir, aprender.
– Depois de três anos vitoriosos, achava que era hora de novos ares, até que apareceu o Corinthians. Mudaram meus planos, que era de ficar na Europa, e fez eu tomar essa decisão. Estou muito feliz de ter tomado essa decisão de vir para cá. Brinco que, felizmente, nunca tive tanta proposta de uma vez na minha carreira. Inicialmente o plano era ficar na Europa, tive propostas da Europa, do Brasil, financeiramente melhores do que a que tive aqui. Mas quando o Corinthians vem você não pode deixar passar a oportunidade. Sou de São Paulo, sei mais ainda o peso que tem essa camisa, o peso de jogar no Corinthians. Desde o primeiro interesse, a maneira como trataram do Corinthians era diferente, eles estavam sentindo que minha decisão seria pelo Corinthians – disse o zagueiro.
Estilo de jogo
– Vim de muitos anos lá na Europa, sempre joguei em times ofensivos, em que pressionava muito, eram times para frente, organizados. Isso está no meu DNA, esse jogo para frente, intenso. Posso ajudar com passes verticais, lançamentos, tenho estilo agressivo de defender. É o estilo em que sempre joguei nos últimos anos, posso contribuir com isso, além da experiência como um todo, tenho um certo tempo no futebol, vi muita coisa, aprendi muita coisa, joguei com diferentes jogadores, de diferentes estilos. Posso contribuir usando minha experiência para agregar ao time e ajudar em campo.
Planos no Corinthians
– Vim para cá com desejo de fazer história. Nunca vou para lugar algum por ir. Entro de cabeça, quero alcançar o máximo que puder. Imagina no Corinthians, com uma camisa desse peso, não vai ser diferente. Quero alcançar coisas pelo clube. Quero fazer história junto dos jogadores, esse pessoal ao nosso redor, vejo muita gente profissional aqui. Espero fazer história aqui, deixar meu nome marcado, esse clube merece.
Como pode ajudar?
– Para um jogador se tonar completo, é bom e talvez necessário ter essa passagem pela Europa, você conhece dois mundos. O Brasil é conhecido pela questão técnica e, de fato, é. E a Europa a gente conhece pela organização tática, disciplina e tudo mais. Aprendi muito, fui moldado lá. É exatamente isso o que posso trazer aqui. Acho que posso ajudar meus companheiros com isso. Vou ter que me adaptar à forma de jogar daqui, aos jogadores do nosso elenco, mas você nunca perde com disciplina tática, mentalidade, o espírito vencedor que consegui aprender nesse período na Europa. Todo o time quer muito, isso é legal de ver, me estranha até ver o time nessa situação. O que estou vendo nesses dias não é o que se espera, vejo muita gente profissional, os meninos com vontade de aprender. Acho que posso ajudar com isso, minha mentalidade, experiência e disciplina tática.
Contato com Ramón Díaz
– Eu agradeço. É nom ouvir isso, principalmente do treinador, né? Acho que é um bom sinal, eu acho que eu, aparentemente, venho causando uma boa primeira impressão e espero que ele continue com essa opinião ao longo dos meses, do tempo que a gente trabalha junto. E, sim, a gente conversou já um pouco, a respeito de tudo, claro que ainda, principalmente pra mim, pra ele, de modo geral, tem muita coisa nova acontecendo, então não dá pra ter também tanta conversa no clube de início, mas a gente já teve algumas boas conversas onde ele mostrou o estilo que ele joga e me agradou muito, porque eu acho exatamente que isso que é a cara do Corinthians, essa mentalidade, esse espírito vencedor, e ele já começou a aplicar isso desde o primeiro treinamento.
Protagonismo
– Espero que sim, claro. Mas a gente tem que deixar o ego de lado e entender que sozinho ninguém faz nada. Não tem salvador da pátria, não tem... Quando eu falo grupo eu não falo também nem só dos jogadores. A gente tem 25, 27 jogadores, todo mundo é importante, a comissão é importante. Se jogar a gente quer dar o nosso melhor, e às vezes dar o nosso melhor você acaba sendo um certo protagonista. Quem sabe alguns gols? Espero. Acho que eu tenho alguns gols na minha carreira e acho que eu posso contribuir. Acho que eu tenho um bom cabeceio também, às vezes um bom chute. Então, tomara. Vou trabalhar pra isso, pra poder ajudar da melhor maneira possível. Claro que sabendo que a minha função principal é estabilizar de modo geral a defesa, a minha meta sempre vai ser essa. Se surge a oportunidade, uma bola parada, seja lá o que for, eu espero poder também ajudar na frente."
Cartilha da torcida
– Eu acabei de receber. E acho muito interessante, legal a maneira como está sendo feita. Acho que é importante para a gente também entender o que se passa, a maneira como vocês enxergam tudo isso. Acho que é importante ter essa troca, esse diálogo, porque a gente sabe quanto vocês (torcedores) apoiam, eu estou sentindo isso agora, mas eu estou falando de modo geral. Como vocês apoiam o time, eu escutei muito dos jogadores e obviamente de pessoas ao meu redor que sabem como funciona o Corinthians, do apoio incondicional da torcida e isso é algo fantástico. E eu vi isso agora no jogo contra o Criciúma, mesmo perdendo a torcida estava apoiando, ajudando, nenhum momento vaiou, nenhum momento deixou de apoiar, isso é extremamente importante para a gente.
Fonte/Créditos: Globo Esporte
Créditos (Imagem de capa): Globo Esporte
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