A estreia de Vitor Roque com a camisa do Palmeiras foi agitada. Titular logo em seu primeiro jogo, o atacante sofreu um pênalti, achou bons passes e quase saiu da semifinal do Campeonato Paulista com uma assistência, desperdiçada por Facundo Torres. Ainda assim, foi decisivo na vitória do Verdão por 1 a 0, nesta segunda-feira, no Allianz Parque.
O início de jogo de Vitor Roque, porém, teve algumas dificuldades, principalmente no entrosamento com os companheiros. Atuando como centroavante nos primeiros minutos, ele não recebeu nenhuma bola em condições de finalização.
Bem marcado na função de 9, ele foi deslocado para a esquerda, e Facundo Torres ficou mais centralizado. A ideia surtiu mais efeito na pressão em cima dos zagueiros são-paulinos, e aos 43 minutos a recompensa.
Em uma pressionada de bola na saída de Rafael, Arboleda recebeu um passe bem ruim do goleiro, errou o domínio e Vitor Roque foi inteligente para roubar e dar o passe para o meio da área. Ele, porém, caiu na área após toque de Arboleda, e o juiz apitou o pênalti.
O lance causou muita polêmica. O São Paulo alega que Vitor Roque buscou o contato e que a penalidade não existiu.
Raphael Veiga foi para a cobrança e fez o gol que levou o Palmeiras para a final do Campeonato Paulista.
Na etapa final, o Verdão teve mais espaço para jogar, já que o rival precisou se lançar ao ataque para buscar o empate, e consequentemente Vitor Roque teve mais campo para jogar. Desta maneira, os passes começaram a surgir com mais naturalidade.
Em um deles, aos 21 minutos do segundo tempo, Facundo Torres poderia consagrar o companheiro. Vitor Roque deu um passe açucarado para o uruguaio dentro da área, que teve a chance de dar um toque por cima de Rafael, mas bateu por baixo e o goleiro fez a defesa.
Aparentemente cansado, ele foi substituído aos 29 minutos por Flaco López e deixou o gramado aplaudido pela torcida. Abel, na entrevista coletiva, o elogiou e explicou a escolha pelo atacante como titular.
– Foi difícil colocá-lo de titular, porque o Flaco estava bem, fez gol no último jogo. Era a primeira vez do Vitor Roque, mas na minha opinião esse jogo pedia mais a mobilidade do Vitor para atacar a profundidade do que o Flaco, que tem dificuldade contra zagueiros como os do São Paulo – afirmou o treinador.
– Eu queria quem atacasse com profundidade. Ele sofreu o pênalti, deu um passe para o Facundo que poderia meter por cima do Rafael. Foi difícil deixar o Flaco fora, porque estava em um momento bom. Mas esse jogo me pedia isso e foi mais fácil colocar o Vitor – acrescentou.
Na final, diante do Corinthians, o jogador terá ainda mais entrosamento com o time e pode ser o ponto de desequilíbrio de um time que chega à sua sexta final de estadual seguida.
Fonte/Créditos: Globo
Créditos (Imagem de capa): Google
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